sábado, 1 de agosto de 2009

Entrevista de D. Bacia por D.Carranca no Programa da TV Águas Claras

carranca
Este trabalho faz parte do projeto "Lavando idéias na Bacia do São Francisco"  premiado pela III Olimpíada Ambiental de Sergipe, 2009

(Música de abertura: som de muitas águas mixado junto com a música de Jornal Nacional da Globo)


Carranca - Bom dia, toda a comunidade de água potável do Estado, córregos, rios e seus afluentes, quedas d’água, cachoeiras, lagoa e riachos, estamos aqui para mais um programa da nossa TV Águas
Claras. Pela Educação, sustentabilidade e preservação da água do planeta.
Recebemos aqui no nosso aquoso estúdio, a presença de uma figura quase folclórica da comunidade ribeirinha e que está se destacando na luta pela preservação da água. É com o som de muitas águas que vamos receber aqui: Dooooooona Baciiia! (Som de muitas águas é uma dinâmica que todos que estarão assistindo a peça serão convidados a participar, que é o som do estalar da língua dentro da boca aleatoriamente. Quanto mais rápido e mais forte, todos juntos faremos um som parecido com o de muita água caindo, chuva ou cachoeira)


Carranca - É um prazer ter figura tão popular e simpática, para a comunidade ribeirinha aqui em nosso Studio.
Bacia - O prazer é meu Dona Carranca, ser entrevistada por figura quase mitológica. Fico Lavada e banhada de alegria.
Carranca - Vamos lá D.Bacia: Quando é que a senhora começou a se interessar pela preservação da água?
Bacia- Ao longo dos anos eu comecei a observar que a paisagem nos rios estava diferente, a vegetação mudou, o rio alargou, os peixes diminuíram, até a cor de alguns rios mudou, alguns eram cristalinos hoje estão barrentos, então pensei: o que será que uma bacia de alumínio como eu pode fazer pelo seu lugar?
Carranca - Foi assim então que a Sra. virou uma militante pela preservação da água?
Bacia - Pra começar D.Carranca, Eu sou uma Bacia! E como sou de alumínio eu sou muito durável e Já passei por todas as beiras d’água sergipanas que a senhora possa imaginar. De mão em mão, de roupa em roupa, acabei conhecendo bem a minha Xará: bacia hidrográfica.
Carranca - Interessante, agora me responda Dona bacia, me explique: O que é uma Bacia hidrográfica?
Bacia - Pois não, Bacia hidrográfica é a porção de terra banhada por determinado rio e seus afluentes! A palavrinha hidro, é de água, sabe? Uma bacia hidrográfica ou bacia de drenagem é o conjunto de terras que fazem o escoamento das águas que caem dos lugares mais altos para esse curso de água. É uma área geográfica e, como tal, mede-se em km².
Carranca – D Bacia, eu sempre tive curiosidade de saber, de onde vem as águas?
Bacia – As águas vem do nosso subsolo, armazenada durante milhões de anos nos aquíferos. As águas também vem das chuvas.
Carranca - A Sra. é uma sumidade mesmo não é D.Bacia? Agora me diga, e aqui em Sergipe existem muitas bacias?
Bacia - Seis minha cara, seis bacias, somos bem servidos de água D.Carranca
Carranca - A Sra. poderia nos dizer D.Bacia, o nome, dessas bacias?
Bacia - Pois não, D carranca, agora mesmo! são elas: Bacia do rio São Francisco, Bacia do rio Japaratuba, Bacia do rio Sergipe, Bacia do rio Vaza- Barris , Bacia do rio Piauí, Bacia do rio Real.
Carranca – E qual delas é a maior D Bacia?
Bacia – Sem dúvida querida a maior delas é a bacia Rio São Francisco, chamado o rio da integração nacional por que sua bacia compreende quatro estados da federação: Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas.
Carranca – Mas a Sra. é sabida mesmo não é D. Bacia, a Sra. podia me explicar melhor sobre o curso de água?
D Bacia – Claro , claro um rio é uma corrente natural de água que nasce e depois flui, anda, corre com continuidade e desemboca, termina.
D Carranca – A Sra. Falou nasce D.Bacia, um rio nasce?
D Bacia – É sim D Carranca, o nascimento do rio é quando as águas brotam do subsolo, os aqüíferos que nós já falamos antes, formando o curso d’água que é o rio, podem receber água que escoam das chuvas e também águas de outros riachos ou rios, aumentando o volume d’água daquele o curso.
Carranca - Mas como é que de repente a água começa a ir pro mesmo lugar D.Bacia?
Bacia – Com a ajuda do terreno, do solo da terra D.Carranca, é que a gente pensa que a terra é redondinha com a gente vê nos livro não é? Mas o chão, o solo ele tem partes mais altas e mais baixas e isso define para onde vai o curso d’água sempre do lugar mais alto para o mais baixo. Vamos fazer uma simples experiência D.Carranca.
Vamos pegar esse pedaço de papel e vamos dobrar em “V” colocamos um pouquinho de água e ela vai escorrer de inclinarmos um pouquinho para frente ela vai escorrer mais rápido. É o jeitinho do terreno, que define o caminho, o curso do rio, sempre das áreas mais altas para as mais baixas.
Carranca - A Sra. Falou que o rio desemboca, como é isso D.Bacia?
Bacia - Desembocadura é onde o rio termina, onde as águas do rios se derramam.
Carranca – E ele se derrama onde?
Bacia – O rio deságua ou desemboca no mar, no lago, lagoa ou noutro rio. Esta é a maneira natural de um rio acabar. Acontece que alguns rios estão acabando por falta de cuidado do homem.
Carranca – Não diga D.Bacia, o que é que ele fez?
Bacia – Poluiu, encheu os rios de esgoto sem tratamento e o pior de tudo desmatou, acabou com a vegetação que nasce às margens dos rios, chamadas matas ciliares, que protegem os rios. Sem a vegetação o solo deixa de ser poroso e absorver a água, quando chove a água escorre lavando abrindo fendas no solo e levando para o leito dos rios muitos sedimentos, areia pedra cascalho.

Carranca – E é isso que faz o rio morrer?
Bacia – D Carranca eu digo que ajuda, porque os sedimentos se acumulando no fundo dos rios, diminuem sua profundidade e alarga suas margens, esse fenômeno é chamado de assoreamento. Que causa enchentes e acaba por contribuir para a morte de um rio.
Carranca – D Bacia agora eu entendo ainda mais porque tem tanta gente se mobilizando a favor dos rios, é que se rio acaba, a água acaba, e como as plantas vão viver, os animais e principalmente as pessoas?
Bacia – E tem mais D.Carranca, a nossa energia elétrica vem das hidroelétricas que precisam de um rio para produzir essa energia renovável o Brasil é o terceiro país do mundo em aproveitamento de energia hidroelétrica ficando atrás apenas do Canadá e EUA, então a gente tem que cuidar bem dos nossos rios.
Carranca – Energia renovável a Sra. poderia nos explicar melhor D Bacia?
Bacia – A energia renovável é aquela que é obtida de fontes naturais, são conhecidas pela imensa quantidade de energia que contêm, e porque são capazes de se regenerar por meios naturais. As centrais hidroelétricas aproveitam a energia dos rios para funcionar uma turbina que move um gerador elétrico.
Carranca – D.Bacia esse assunto parece a energia renovável é inesgotável uma coisa puxa outra e tem tanto a aprender, eu como membro da população ribeirinha do São Francisco estou encantada com sua entrevista e breve a convidarmos outra vez para outros papos D Bacia. (Música de abertura, som de muitas águas mixado junto com a música de Jornal Nacional da Globo)

Bacia – Pois é D. Carranca o nosso criador o homem precisa preparar as futuras gerações para cuidar dos nossos recursos hídricos para que tenhamos vida próspera e longa no planeta!
Carranca – É por isso que estamos aqui D.Bacia, nós e este público maravilhoso de crianças, vamos abrir agora para as perguntas para D. Bacia.
Alguma pergunta?



Recadinho: Professor(a), Você pode adaptar e enriquecer essa pequena peça à realidade de sua Região, use também figuras, maquetes ou Datashow para ilustrar o que é ensinado. Seja ético e divulgue o site como fonte.
Um abraço!

UMA HISTORIA NOTA DEZ

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Certa vez no conjunto dos números Naturais, o número “1”. estava fazendo uma agradável leitura, quando descobriu que as distâncias no universo são medidas em bilhões, anos luz e ainda leu que o sol é uma estrela de 5ª grandeza, um tamanho que nem sequer poderia imaginar.
Acabando sua leitura, ele estava se sentido um número tão pequenininho, sem valor algum diante de números tão grandes e tão importantes. Começou a sentir vergonha de si mesmo e se isolava dos outros companheiros do conjunto. Ele só conseguia conversar com o zero, um zero só, porque se este número estivesse acompanhado com outros números a sua frente, ele não abria a boca. 
 kumon-matematica-e-10_numero-01cO Zero então começou a consolar o “1” para que ele parasse com essa bobagem e citou o seu próprio exemplo, pois o zero que está à esquerda do um, não se sentia sem importância por representar o nada, que vem antes do “1”, alguém tinha que fazer este papel importante para a Matemática.
O número “1” deu razão ao Zero e começou a levantar a cabeça. 
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- Eu tenho muito valor! Eu sou o número “1”, o primeiro que surgiu e deu origem a todos os outros números naturais
O primeiro lugar, o poli position, o primeiro da lista, primeiro lugar nas competições, nos vestibulares, nos concursos, eu sou um verdadeiro motivo de orgulho público!
O zero percebendo que ele estava exagerando deu-lhe um banho de água fria dizendo:
- Nem tanto assim amigo “1” você vale “1” e vale pelo que é, no conjunto dos números naturais”.
Ah o Número “1” não gostou não, e começou a esbravejar com o Zero:
- Está vendo só! Você está dizendo que eu sou pouco, eu não sou não ta!
Os outros números existem pois são adicionados a mim!
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Quando o número “2” ouviu isto ficou irritado com o “1” e também quis se valorizar:
- Olha “1” você parece um reflexo, pois todo número multiplicado por você é igual a ele mesmo!
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Eu não... sou um par, um casal, a forma que a natureza une as criaturas para procriar, eu represento uma belíssima história de amor e de preservação da vida! Na história da Arca de Noé, os animais entravam de dois em dois! Adão e Eva, tudo começou com o dois!
Mal terminara de falar o Número “3” atropela:
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- Eu é que represento a vida, a origem. O Criador de todas as coisas se expressa na trindade.
Os animais colocam seus ovos com três elementos básicos, a clara, a gema e a casca. As células têm membrana, núcleo e citoplasma. Eu sou o máximo! Pois ”1” é pouco, “2” é bom e “3” é demaaaaais!!”
Pensem, quando o número “4” ouviu isto também deu o seu pitaco:
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– Meu caro três eu é que sou demais, pois eu sou o dobro de alguém que já é tudo de bom!
O Número Cinco todo certinho também respondeu ao “4”:
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- De cinco em cinco a contagem do tempo se estabelece, e o tempo é muito importante, todo mundo quer mais.
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– Sinto muito “5”, disse o “6” você esqueceu que o tempo também é contado de meia e meia hora, não queira todo esse mérito só pra você! Fora isto, eu sou o rei das feiras livres e supermercados. O meia dúzia aqui é muito popular entre as mulheres meu caro!
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Quando o número sete ouviu da popularidade do seis, disse bem alto mostrando sua superioridade: Grande coisa!, eu sou o símbolo milenar da plenitude. Em hebraico, uma das línguas mais antigas que existe o sete significa pleno!
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O número “8” entra na briga apelando para sua forma:
– Plenitude? Se for pra fazer analogia, me joga de lado e você vai ver o infinito!
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Gente a situação já estava insustentável, todos queriam provar que eram melhores que os outros! Mas, quando o número “9” chegou, mudou o rumo da 
conversa e disse:
-Estou muito feliz, por ser quem sou, eu poderia me queixar por estar quase lá e vir antes do “10”, mas me vejo como o caminho necessário a ser seguido, me vejo como o final do processo de uma série de adições para chegar lá no “10”. Mas para isso é preciso não desistir, continuar, perseverar e é preciso dar mais um passo, aquenta! Insiste! Só falta “1”!
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O Número “1” veio correndo:
– Alguém me chamou?, Alguém precisa de mim?
O Número Dez então conciliador e amigo diz ao “1”
- Todos nós precisamos de você!
e explicou:
- O conjunto dos números naturais é uma seqüência que começa com o zero e não tem mais fim, nós somos o resultado da adição de uma unidade, ao número anterior.
Entende que você está dentro de todos nós e nós, em outros números maiores e que isto não vai ter fim. Todos nós temos o nosso valor e a nossa importância. Até o zero que parece nada, é muito desejado e necessário, arrisco até a dizer que ele está na moda: Zero de caloria, Zero de gordura trans!
Finalmente o número “1” perplexo, entende o valor que existe em ser o que é. E diz ao dez:
- “10” você, nos ajudou a entender o valor de cada um no conjunto, no todo, eu lhe sou muito grato! Agora entendo o porquê de você ser exatamente o que é, você avançou e chegou lá , seu entendimento é maior do que o meu. Mas agora não sou somente eu que estou contido dentro de você, me sinto “10” também, pois como disse o “9” tive a honra de participar do processo.
- Obrigado“10” !!! kumon-matematica-e-10_numero-10a
DEZ( retirado da letra da música Dez - Cora Schueler)
"Dez, amizade é dez, alegria é dez, dez é tudo de bom!
Dez é pra quem amar mais!
É pra quem criar mais, e pra quem sonhar muito mais!
Querer ser dez é vencer barreiras e superar-se, dar o seu melhor.
Dez é somar amor, multiplicar perdão e dividir a paz.

Querer ser dez é segurar a mão do outro e seguirmos juntos..."

O BOI E O SOL

o-boi-e-o-sol-pintado 


ERA UMA VEZ UM BOI QUE FOI AO CÉU.

LÁ TEM LUZ, A LUZ DO SOL. TOM FOI VER A LUZ.

ELE VÊ O SOL NO CÉU E DIZ:

- EI SOL!

- QUEM ÉS?

- EU SOU O TOM O BOI

- UM BOI?

- É!

- BOI VEM PRO CÉU?

- NÃO SEI.

- SÓ SEI QUE EU VIM! ME DIZ: TU ÉS SÓ LUZ ?

- SIM TOM, EU SOU

- E TU TENS SOM?

- NÃO TOM.

VI DE LÁ, QUE TU ERAS SÓ E VIM TE VER.

- QUE BOM! EU ERA SÓ SEM TI.

- EI TOM! VI DE CÁ QUE TU NÃO TENS LUZ. MAS...TU, TENS SOM,

FAZ TEU SOM

- TÁ BOM: MOOOOOOOOOM!

- O TEU SOM É BOM TOM!

- TAL É TUA LUZ SOL, ...EI SOL!?

- SIM TOM

- TU TENS COR NÃO É!
- SIM , COR E TONS, QUE TAL??

TOM VÊ E DIZ:

- TUA COR E TEUS TONS, SÃO BONS DE VER,

BEM SOL, EU VOU TER QUE IR.
- MAS JÁ? DIZ O SOL

- SIM EU JÁ VOU! SE NÃO FOR ...SEI LÁ! EU SOU SÓ UM BOI!

NÃO TEM BOI NO CÉU SOL!...SÓ EU!

- AH NÃO VÁ! EU TE DOU LUZ, QUE TAL?

- NÃO SOL A LUZ É TUA, BOI NÃO TEM LUZ

TU ÉS BOM SOL, MAS EU VOU SIM TÁ?!... TCHAU!

E TOM SE FOI.

O SOL QUE ERA SÓ... É SÓ.

TRISSÍLABOS E POLISSÍLABOS - GENERAL AUSTÁRQUIO BEZERRA



Naquele inverno chuvoso, soldados desfilam pomposos durante solene velório. Aquele mórbido evento solicitava demoradas homenagens: espadas brilhantes enfileiradas, atiradores lançavam bonita fumaça enquanto disparavam. Elitizada artilharia, demonstrava poderoso treinamento bélico, honrando importante defunto.
Merecidas homenagens! comentavam unânimes companheiros combatentes. Ilustríssimo General Austárquio Bezerra, politizado, pacificador mundialmente conhecido, praticava crédulo incansável, justiça social, enquanto Democrata Republicano
Momento difícil, submissos soldados, sargentos, tenentes costumavam intitularem-se: Patentes Austarquianas, gracejavam respeitosamente enquanto passava amado General.
Existência secular, tornou-o tolerante, acessível, próximo. Aparentemente sisudo, enes, formando multidão conquistada devido amorosa generosidade.
Figura pública apaixonante venerava setembros. Desfilava anualmente. Aquele honrado Militar, agora emocionava companheiros naquele derradeiro desfile. General Austárquio Bezerra deixou-nos saudosa existência terrestre, continuando certamente vívido combatente celeste.
Lembranças...memórias incontáveis   naqueles destemidos colegas militares, guerreiros rendidos, mediante vontade Divina.tretanto conservava ternura enquanto falava. Doava-se ensinando, refletindo experiências próprias. Austárquio declarava constantemente: “Morrerei protegendo fronteiras interiores soberanas, pensamento independente”.
Outrora tivera humilde infância, silenciosa, enquanto acompanhava-o ríspido padrasto, tornara-se criança entristecida, durante infeliz época, portanto, falava pouquíssimo. Acontecendo posteriormente encantadora velhice, aprendeu extraordinária sabedoria. Liberando antiga amargura, automaticamente liberou também, enriquecedora linguagem. Morrera lúcido, levando consigo precioso centésimo – décimo aniversário, comemorados conjuntamente familiares, amigos, colegas militar