quinta-feira, 24 de julho de 2008

PAULO DE TARSO




Um dos mais famosos dos discípulos de Jesus era Paulo de Tarso. Embora sua conversão tenha sido após a ascensão de Jesus, o ministério de Paulo, sua vida, ações a profundidade das revelações do mistério do evangelho, descritas em suas cartas, apontam para a intimidade com Jesus através da pessoa do Espírito Santo que, para isto foi enviado, tornar possível na ausência corpórea de Jesus na terra, fazer discípulos íntimos de seu mestre.


Para entender a Paulo, seu ministério de sucesso e suas muitas perseguições, é preciso recordar quem era Paulo antes do encontro com Jesus.
Saulo era fariseu, uma das mais radicais facções do judaísmo. Romano por nascimento e judeu por descendência, da tribo de Benjamim, Saulo era um temido perseguidor de cristãos.
Numa dessas perseguições quando ia pelo caminho de Damasco, uma luz muito forte o cegou, e uma voz tremenda e paradoxalmente mansa o fez parar.
- Saulo, Saulo, porque me persegues?
- Quem és Senhor?
- Eu sou Jesus, a quem persegues.

Tendo Jesus falado com ele, de forma sobrenatural, foi visitado por um homem chamado Ananias, que recebeu uma ordem de Deus para isso, pois Saulo estava orando.
Ananias obedece, visita Saulo, ora por ele lhe restitui a visão. Saulo descobriu a Jesus de Nazaré e que este era realmente o que dizia ser, o Filho de Deus.
Saulo se tornou aquilo que perseguia: um cristão. E passou a ser chamado de Paulo. Sua fama se espalhou rapidamente, pois em nome de Jesus fazia muitos milagres. Odiado entre os judeus pois entendiam que ele havia traído a sua religião, procuravam matá-lo. Entre os cristãos, também havia grande desconfiança a seu respeito. Muitos não acreditavam que sua conversão fosse veraz.
O ministério apostólico de Paulo tinha uma característica marcante, dedicou-se a pregar fora das fronteiras de Jerusalém. Viajou Europa e Ásia espalhando o evangelho por todo mundo conhecido. Fez três grandes viagens. Fundou igrejas, cuidou delas, fê-las crescer, era incansável: alimentava a fé de muitos irmãos com suas cartas circulares – cartas que eram endereçadas a uma igreja e logo depois circulavam por igrejas de outras regiões.



A expansão do evangelho através do ministério de Paulo foi surpreendente, sobrenatural pois todo o seu ministério foi marcado por muitas perseguições tal qual ele mesmo declara defendendo o seu ministério:

“Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um; três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias, muitas vezes, em fome e sede, em jejum, muitas vezes, em frio e nudez.... Em Damasco, o que governava sob o rei Aretas pôs guardas às portas da cidade dos damascenos, para me prenderem, e fui descido num cesto por uma janela da muralha; e assim escapei das suas mãos.” 2Cor. 24 – 33


Prisão Romana


E mesmo depois de preso declarava: “sou embaixador em cadeias” suas prisões sendo domiciliares ou não, nunca conseguiram parar aquele que costumava dizer “... mas a palavra de Deus não está presa.” 2 Tim. 2:9
Mesmo alvo de traições, invejas continuava um homem cheio de amor e era receptivo aos gestos de amor dos irmãos. “...Onesíforo, muitas vezes me recreou e não se envergonhou das minhas cadeias;” Seus companheiros de cela, carcereiros, soldados, a Guarda Pretoriana todos, eram alvos dos seus ensinos e eram impactados com a sua convivência. Por onde passava Paulo deixava um rastro de amor, ousadia e manifestações incontestáveis de um homem que havia estado com Jesus. “Fil 4:22 Todos os santos vos saúdam, mas principalmente os que são da casa de César.” Ele passou pela casa de Cezar, isto mesmo, como prisioneiro do Imperador Romano Cezar, e deixou santos ali.





A cada cidade em que chegava, seguia para a sinagoga mais próxima e ali ensinava.
Muitos ouviam o que Paulo falava. Judeus, curiosos, inimigos. Para ele pouco importava a nacionalidade, a raça ou religião, sua missão era ensinar a todos que Jesus é o Filho de Deus, Messias esperado.

JESUS...





Naquela época, estou falando do primeiro século depois de Cristo, todo o Mundo Ocidental, era dominado por Roma, com seu sistema de leis e de comunicação que era viabilizado por suas estradas, literalmente todos os caminhos levavam a Roma. A religiosidade e cultura influenciadas pela Grécia, belicamente mais fraca e culturalmente fortíssima que marcaria não só a poderosa Roma, como a Cultura Ocidental para sempre.


O que os Gregos e Romanos, orgulhosos Senhores do saber e do mundo, não poderiam imaginar é que entre os seus dominados, entre a ralé, na pequena Judéia, nasceria um homem que impactaria o mundo, dividira a história sem força e sem violência, com a prática do bem e do amor. Poderoso em obras e palavras, confundia os sábios e entendidos, deixava a todos admirados com sua doutrina ao ponto de dizerem: “nunca vimos tal coisa !” e ainda: “Quem é este que até o vento e mar lhe obedecem?” Este é Jesus!!






Jesus Cristo andava fazendo o bem, ensina com excelência, conta histórias com temas simples do cotidiano dos que o ouviam. Ilustrava os seus ensinos com o que estava ao seu redor, “olhai as aves dos céus...”, “Pode por acaso um cego guiar outro cego no mesmo caminho?”.
Ele se compadecia, chorava, se alegrava em curar, surpreendia-se com a grande fé de alguns gentios à margem do poder religioso judaico, e a pequenez da fé dos religiosos que se diziam assentados na cadeira de Moisés. Diante da dúvida “Se queres podes curar-me” ele simplesmente disse: Quero!

Afirmava ser Deus o seu Pai, para quem ele de forma obediente adentrou à natureza humana, “nascido de mulher”, nascido sobre a lei”. Nasceu como homem, no tempo próprio, “na plenitude dos tempos”. Desenvolve um ministério de exatos três anos, cumpre tudo o que estava escrito ao seu respeito desde Moisés até os profetas.


O mestre Jesus, ensinou plenamente, além das palavras ensinou com a vida, deixou-se humilhar tomando forma de servo, tornando-se semelhante aos homens. Humilhou-se com o pior tipo de morte, a morte de cruz; e com ela se fez maldito por todo o homem.


Jesus 
"Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo." (Colossenses 2:14-15)vence a morte. 

Ressuscita ao terceiro dia como havia dito que faria, e durante quarenta dias é visto por muitos irmãos. Consola os discípulos, come peixe com eles, trata de forma especial com Pedro e com Tomé. E por fim, lhes dá instruções sobre a descida do Espírito Santo que atuaria como ensinador, consolador e passa a habitar dentro do homem que crê, manifestando-se através de sinais sobrenaturais ilimitados, como sou limitada eu posso aqui citar alguns como: línguas estranhas, revelações proféticas, visões, entendimento das Escrituras Sagradas além da letra ou seja o que está por trás das palavras, transportar-se de um lugar para o outro em espírito.

Jesus volta para o seu Pai deixando muitos discípulos. Sem distinção de raça, cor, idade ou condição social. Ordenou-lhes que ficassem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder acontecimento descrito no livro de Atos dos Apóstolos, capítulo 2 e através da pessoa do Espírito Santo, enviado para tornar possível, na ausência corpórea de Jesus na terra, fazer multiplicadores capacitados no mesmo nível dos discípulos que Jesus fez, discípulos íntimos de seu mestre. Estes, disse Jesus, através do Espírito Santo poderão fazer coisas ainda maiores do que as que ele fez.


Ordenou-lhes ainda “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura... estes sinais seguirão aos que crêem, em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.”


(Mc 16:15,17-18)