quarta-feira, 9 de junho de 2021

MUSICAL BICHOS - ZOOM



Coracy Schueler


APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA 


Propomos  expor às crianças o musical  “BICHOS” que é composto por mini histórias cantadas, ponto de partida para  experienciar o meio ambiente, conhecer esses bichos, insetos, animais, onde vivem, alguns hábitos. Bichos que temos em casa e aqueles que não podemos ter pois são silvestres e precisamos conhecer, amar e preservar. Podemos observar. O que é observar?  Bichos que estão longe como o canguru, o leão. Perto de nós como o tamanduá, as abelhas, o beija flor, as Araras? Você já viu uma? porque não vemos mais alguns bichos? Os bichos vão nos ajudar a pensar também algumas emoções. Quando somos leões bravos? quando somos beija-flores? abelhas? zangões? espertos, sabidos como os macacos, rápidos medrosos como os coelhos, lentos como a tartaruga, trabalhadores persistentes como as formigas. Pensar sentimentos e emoções é muito importante. Geralmente não nos damos conta o quanto somos observados pelas crianças. Nosso tom de voz muda quando estamos alegres, zangados ou com medo. As crianças olham tudo ao seu redor, somos copiados em nosso jeito de falar, nossos gestos e movimentos. Até que um dia ela faz uma birra que sentiu, viu e ouviu, uma raiva, uma graça, um carinho, um canto, o medo. “Com quem ela aprendeu isto?” Ela vai aprendendo com a gente, aprende a se expressar imitando a gente. As crianças não entendem todas as palavras, assim como a gente lê uma revista, elas leem a gente,  nossos gestos positivos e negativos. Isso faz a gente pensar ! somos como espelho. O que queremos que as crianças vejam, reflitam??  O que elas estão vendo? sentindo? ouvindo? pensar nessas coisas, ajudam a sermos melhores para nós mesmos e para as nossas crianças. Observarmos as crianças, como somos observados.


1 - ABELHINHA ZOOM


“O objetivo da educação é criar a alegria de pensar” Rubem Alves


Perguntas para pensar Abelhas.


Converse com as crianças. “O eu o outro e o nós”. Faça perguntas. Ouça o que elas têm a dizer de forma sensível. Vamos fazer um combinado? deixe que as crianças falem livremente o que já sabem ou o que acham, por mais fantástica que seja a resposta. valorize cada resposta, o objetivo é registrar, anotar, fotografar, filmar, mas não dê ou mude as respostas.


  • Você já viu uma abelha?

  • Ela é um bichinho da terra, da água? ou do ar ?

  • Como ela é? 

  • Como é o som que  faz?

  • Onde ela mora? 

  • Elas gostam ?

  • O que é que ela faz ?

  • Você sabe o que é pólen?


Galeria de Artes Visuais:


Mostra de Fotos e vídeos norteadas pelas Perguntas para pensar abelhas, Estimule e registre as falas das crianças Deixe-as livres .


Leitura oral da história musical 


Empreste sua voz para ler a história, separe recursos para fazer essa contação de história . Treine, decore ou simplesmente leia para as crianças com gestos.  Conte  desenhando, no chão, no papel perto da criança.  Leia com diferentes vozes a cada parágrafo? Com voz de suspense? Que tal ler com voz de baixinha? Como seria contar  com voz alegre? Como seria contar com voz triste de choro? Como seria contar com voz de gigante? Como a formiguinha contaria esta história? Pronto! Use a criatividade e a leitura virou brincadeira!!! (ênfase no campo de experiência “ traço, sons, cores, formas”)


A Música “Zoom”


Audiência da dançante música “Zoom!” dialogue com o campo de experiência “Corpo, Gesto e movimento” e pergunte às crianças como a abelha dança? Porque a Abelha dança, vibra seu corpinho e faz seus zunidos? Enquanto dança ela desenha ao mesmo tempo, e ensina para as outras abelhas o caminho do pólen, o caminho das flores, para que juntas continuem fazendo o mel.  Ouvindo a  canção  deixa a criança a vontade para se expressar com a música, dançar, balançar.


https://youtu.be/1G2v8vl4hbs


O Desenho


Pergunte às crianças o que mais gostaram na história? porque gostaram? Pergunte o que elas não gostaram? E porque não gostaram? Agora quem quer contar a história do seu jeito? dispostos no espaço, disponível deixe grandes papéis e riscantes. Convide as crianças a  desenharem como faz a abelha Zoom o mapa para guardar e ensinar o caminho das flores. Pergunte se sabem desenhar como Zoom o caminho de casa e o que tem nesse caminho? Assim  intencionalmente terminamos como começamos escutando nossas crianças.  


Slides e outros links

Slides
https://www.instagram.com/p/CP6SE5QHaGQ/?utm_source=ig_web_copy_link

sábado, 17 de abril de 2021

A Lenda da Onça e da Chuva – Povos Originais do Brasil - Bororos

Certa noite, a palhoça estava quente e fumosa por causa de uma fogueira que haviam acendido dentro dela, os índios então, armaram suas redes do lado de fora, para aproveitarem o frescor da noite. Lá na mata uma onça observava os índios cuidadosamente.


A chuva que estava passando por ali perguntou:
- O que a amiga está fazendo?
- Estou esperando que esses índios se ageitem, para que eu possa assustá-los! - Disse a onça toda orgulhosa.
- Mas elas não têm medo de você! - Disse a chuva fazendo pouco caso do orgulho da onça.
A onça percebendo o desdém da chuva desafiou:
- Espere só e você verá!!
A onça então, usou o seu rugido mais feroz , se posicionou por trás da palhoça, e continuou rugindo fortemente por entre as árvores da mata fechada.
Os índios ao ouvirem o rugido da onça, comemoraram dizendo:

- Amanhã nós vamos flechar a onça!

 Cantavam e gritavam suas gritas comemorando:

- Vamos pegar os dentes dela e fazer um colar

- Vamos pegar o couro dela para fazer um tambor!

- Será que carne de onça é boa?

- É dura! Alguém falou

Uma velha experiente nativa Bororo orientou:

- Bota Abacaxi e fica mole!

- Vamos comer carne de onça!!

- Comemoravam!

A chuva ouviu tudo e então com ar jocoso, disse para a onça:

- Eles não tem medo de você! Agora se a amiga quer ver correria, preste atenção!
A chuva foi se aproximando da aldeia lentamente e encobriu todas as estrelas com pesadas nuvens e a noite clara se transformou em um negro acinzentado. Chamou os ventos frios e fortes, chamou os raios que cortaram os céus e seus  trovões assustadores que pareciam partir a terra ao meio. Antes mesmo de cair uma só gota de chuva no chão, apavorados os nativos gritavam uns para os outros:
- Corre que lá vem chuva!
A chuva então desdenhou da onça, que a esta altura apavorada se retirava com medo de ser flechada pelos Bororos.
A chuva a acompanhou rindo em zombaria:
- Eu não disse Dona onça, eles não têm medo de você , eles têm medo de mim!!
E assim é desde então , a chuva mete medo, a onça não!

Saiba mais sobre os Bororos:

https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Bororo#Localiza.C3.A7.C3.A3o

quinta-feira, 11 de junho de 2020

domingo, 24 de maio de 2020

Jesus encanta os adultos enquanto conversa


         
(Reconto de Lucas 2:41 - 52)

        O garotinho Jesus de Nazaré viajou com seus pais, a Jerusalém. Pessoas de muitos lugares costumavam passar lá a festa da páscoa.
      Quando a festa acabou se ouvia de longe o som dos que caminhavam de volta para casa,
Gente falando, crianças correndo e brincando pelo caminho.
        A família de Jesus voltava para Nazaré, junto com tanta gente, que os pais de Jesus não perceberam que ele tinha ficado em Jerusalém, eles pensavam que Jesus estava entre os viajantes.  Nem os conhecidos e parentes o viram. Seus pais voltaram a Jerusalém para procurar, e procurar até encontrar o menino. Três dias depois, José e Maria aliviados acharam Jesus no templo, assentado e conversando com os mais velhos. Gente importante, todos admirados com sua inteligência e sabedoria pois Jesus era gentil em ouvir e responder perguntas difíceis para uma criança.
     Seus pais ficaram admirados com ele e Maria falou: Filho, por que fez isso, seu pai e eu procuramos muito por você?  Jesus disse: “Estou cuidando das coisas do meu Pai.” Resposta difícil e seus pais não entenderam. Mas ao se levantar e ir com eles sem reclamar, nem fazer cara feia, mostrou respeito e amor aos seus pais. E assim Jesus crescia no coração e no seu corpo. Ele era uma criança amada de Deus e das pessoas que viviam junto com ele.

Crianças ensinadas com amor, aprendem a amar a si mesmas e ao próximo.

domingo, 3 de abril de 2016

O Canguruzinho descobrindo o mundo - Coracy Schueler/Ilustrador Valter Schueler


LINK DO POD CAST DA HISTÓRIA 

LINK DA MÚSICA
 
Era uma vez, um canguruzinho que acabara de nascer. Quando nascem, os cangurus têm que encontrar o lugar especial: sua bolsa. Lá, tem tudo que ele precisa para crescer.
Nosso canguruzinho subiu e subiu.
- Achei! É aqui. É tão quentinho! Que bom!
Logo depois, ele sentiu fome e sentiu um cheirinho  
 - Hummmm! Que cheiro bom! Que fome!
 Achei! É aqui! Hummmm! Meu leite, que gostoso, quentinho! Mamou e dormiu ao som do coração de Dona Canguru, que batia bem tranquilo.  Nosso amiguinho canguru está no lugar certo.
O tempo passou. O canguruzinho crescia forte e seguro. Já está quase na hora de sair da sua bolsa. E o canguruzinho pensa:
- Não quero crescer, não vou sair daqui nunca! Quero ficar bem aqui pra sempre na minha bolsa.


Dona Canguru, não se importa, ela está tranqüila, sabe que na hora certa, ele por si mesmo, vai sair da bolsa.

Passados alguns dias, o lugar começou a ficar muito apertado.
- Ai! A bolsa da mamãe diminuiu? Ou foi eu que cresci?
E nada do canguruzinho colocar a cabecinha para fora da bolsa. Dona Canguru começou ficar brava, ela queria que o canguruzinho visse o mundo lá fora.
Dona Canguru então, teve uma ideia muito bacana: Levar o canguruzinho a muitos lugares, para que ele sentisse e ouvisse os sons do lugar.


O Canguruzinho ficou espantado porque o coração da Dona Canguru batia diferente, de um jeito que ele nunca tinha ouvido, ele ficou muito curioso.
Que barulho é este que ouvia? Virou sua orelhinha de um lado para o outro e ouviu os sons do lugar: Ouviu o som das folhas batendo umas nas outras, o cheiro das flores, huuuuuuuum! Que cheiro bom! O som do vento, o som do mar, o som dos outros bichos e o cheiro das flores, huuuuuuuuum! Que cheiro bom!
O Canguruzinho então, abriu os olhos para  ver quem fazia aquele som, mas não saiu da bolsa.
Então, Dona Canguru teve uma outra ideia para o Canguruzinho sair da bolsa: O cheiro das folhas que os cangurus gostam. Colocou um galhinho de folhas bem gostosas pertinho dali.


O Canguruzinho atraído pelo cheiro das folhas, esticou suas patinhas para fora, para pegar as folhas, mas como suas patinhas da frente são curtinhas, ele teve que esticar as patas longas de trás para alcançar aquelas folhas e foi assim que o Canguruzinho saiu da bolsa pela primeira vez.
Dona Canguru ficou muito feliz, pois o seu Canguruzinho agora iria descobrir o mundo.
Esta é uma produção independente de autoria de Coracy Schueler (coraschueler@gmail.com).

Ilustrações de Valter Schueler. É proibida a reprodução destas ilustrações sem a devida autorização do autor. Caso deseje compartilhar alguma destas ilustrações, entre e contato por e-mail (valschueler@gmail.com).



domingo, 26 de julho de 2015

O velório de Austárquio Bezerra



Naquele inverno chuvoso, soldados desfilam pomposos durante solene velório. Aquele mórbido evento pedia demoradas homenagens: espadas brilhantes enfileiradas, canhões lançavam bonita fumaça enquanto atiravam. Elitizada artilharia, demonstrava treinamento bélico poderoso, honrando importante defunto.
Merecidas homenagens! comentavam unânimes  companheiros combatentes. Ilustríssimo General Austárquio Bezerra, conhecido mundialmente, lutara bravamente implantando democracias.                            Momento difícil, submissos soldados, sargentos, tenentes costumavam intitularem-se patentes Austarquianas, gracejavam respeitosamente enquanto passava imponente  General.
Existência secular, tornou-o tolerante, acessível, próximo conversando longamente, ensinando importantes assuntos refletindo experiências próprias. Austárquio Declarava constantemente: "Morrerei alegre certamente representando amados compatriotas, brasileiros independentes igualmente fronteiras soberanas".
Tivera humilde infância outrora, dolorosa, silenciosa, enquanto acompanhava-o ríspido padrasto, tornando-o criança entristecida. Falava pouquíssimo, acontecendo posteriormente encantadora velhice, torna-se venturoso falante. General Austárquio possuía vivências riquíssimas portanto mostrava extraordinária sabedoria. Morrera lúcido, levando precioso centésimo – décimo aniversário comemoradíssimo juntamente daqueles amigos diversos angariados, conquistados devido incontestável generosidade.
Figura pública apaixonante, venerava patrióticos Setembros. Desfilava anualmente. Aquele emocionado "Pracinha", agora emocionava companheiros naquele derradeiro desfile.General Austárquio deixou-nos saudosa existência terrestre, continuando certamente vívido combatente, entretanto, celeste.
Incontáveis lembranças daqueles próximos colegas, guerreiros rendidos, mediante vontade Divina.

terça-feira, 27 de maio de 2014

A Minhoquinha Curiosa

(Cora Schueler)
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Certo dia, lá no fundo da terra, numa toca de minhoca, uma minhoca conversa com sua filhota. Uma minhoquinha pequenina que estava aprendendo os segredos da terra. A Minhoquinha é muito curiosa e quer saber o que acontece fora da terra também.
- E lá em cima o que tem?
- Ora filhota, lá em cima tem um monte de bichinhos, plantinhas verdes, o lugar se chama Jardim, enfeitado com flores e capim.
- Que mais?
- Tem um grilo cantante e que pula bastante, e uma borboleta cintilante.
  - E depois?
- Em cima do jardim tem o céu.
- O que é céu
- um lugar lindo, azul cheio de ar , com passarinhos a voar
- E quando é que chega o fim?
- O fim de que?
- Do céu se continuar subindo?
- O céu nunca acaba
- Ai quanta curiosidade!
- Me leva lá em cima e acaba a confusão!
- Vamos então filhota minhoca, está mesmo na hora de conhecer o que há lá fora.
- Eba!!!
A minhoca levou a filhota para fora da toca. A minhoquinha não sabia que o sol é tão forte e que o vento resseca. As minhocas enxergam de um jeito diferente, ela é sensível a luz do sol, por isso a minhoca levou para a filhota o filtro solar, óculos de sol e saíram as duas a se arrastar.
Finalmente a filhota viu o mundo fora da toca, conheceu o Sr. Grilo Cantante
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e a Borboleta Cintilante.
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A minhoca apresentou a filhota e a borboleta contou sua história com emoção de quem um dia foi lagarta e já se arrastou pelo chão.
A minhoquinha ficou encantada com a borboleta e então perguntou.
- Todo bicho que se arrasta vira borboleta? eu quero virar borboleta, ela é linda
- Não, Não filhota! você não vira borboleta não!
- Eu serei minhoca pelo resto da minha vida?
- Claro querida a terra precisa da gente, ser minhoca é muito importante. Nosso corpinho é feito para mexer a terra, transformamos a terra e tornamos o solo mais fértil, para que as sementes jogadas nela brotem e assim o jardim tenha sempre alimento para os grilos, borboletas e tantos outros bichinhos que dependem de nós.
- Não tinha idéia quanto é importante meu trabalho.
E assim voltaram as duas para a toca e a minhoquinha estava muito orgulhosa de ser minhoca.
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Fantoches de meia e EVA, bem como o cenário foram feitos por mim para a contação desta história.